Astrologia Tradicional
Embora a astrologia Tradicional possua os instrumentos necessários para se aprofundar na psicologia de cada nativo, seu foco é muito mais nos fatos de sua vida, na previsão dos acidentes e fatos da vida do nativo.
Baseamos nossos conceitos no hermetismo, em sentido amplo, na filosofia platônica e aristotélica e em fontes que possuem até 2000 anos de idade ou até mais.
Na antiguidade tal astrologia foi exercida para averiguar desde a questão climática até os eventos do reino, a predição de guerras e epidemias, o casamento, a sucessão da família real, a longevidade.
Além disso, era muito importante eleger corretamente o momento certo seja para erguer uma cidade ou iniciar um confronto bélico e até mesmo um casamento real. Tais respostas eram obtidas através do uso da astrologia Horária, Natal e Mundial.
Estamos diante de uma doutrina completa e nela nada é casual: sete planetas e doze signos é tudo que se precisa para entender uma carta astrológica.
Acrescentar planetas é o mesmo que acrescentar um braço à criança: ao invés de funcionar melhor ela se torna uma aberração.
O exercício da astrologia Tradicional necessita formação profunda e um vasto conhecimento das técnicas praticadas desde a antiguidade. É um estudo contínuo e dedicado.
Além disso, é preciso ter em mente as devidas noções de ética, desde que, muito mais do que a chamada astrologia Moderna, penetramos nos recantos mais intimos da vida e do ser do nativo, sua vitalidade, suas esperanças, suas falhas e temores profundos.
O astrólogo deve falar e calar-se no devido momento: mente clara e compaixão são termos adequados a ele. Saber muito e falar pouco devem ser seu lema.
Além disso, ninguém, por mais que estude, é dono do futuro. Segundo Platão nem mesmo o criador do mundo conseguiu inteiramente conformar os elementos ao padrão ideal. Eles continuavam a se portar de forma
desordenada. Como podemos prever com precisão se parte do universo não segue a ordem?
Vislumbramos sinais, baseados em ensinamentos que possuem bases sólidas e que são partilhados pela comunidade astrológica tradicional. Tais bases repousam em tratados respeitáveis que atravessaram os séculos, mas o desfecho final para o nativo não se pode saber com exatidão, seja porque existe a vontade de Deus, seja porque os elementos não seguem uma ordem racional, seja porque somos falíveis como seres humanos e cometemos erros.
Aliás, Robert Zoller diz que o astrólogo é a parte mais frágil na cadeia que leva da carta à previsão.
Por isso, devemos ser reservados em nossos prognósticos, especialmente se negativos.
Humildade não faz mal a ninguém e resta o consolo de aprendermos mais com nossos erros que com nossos acertos. A astrologia Tradicional é um desafio constante e uma eterna promessa de sabedoria.
É um caminho e não um porto.
Mas tal caminho certamente conduz à sabedoria, pois tal estudo incessante e o conhecimento profundo das relações entre signos e planetas, o entendimento da linguagem sinfônica do cosmos nos aproxima da ordem superior e da Lei universal, da qual temos sinais através do firmamento.
De posse desse conhecimento podemos nos aventurar a responder a uma consulta horária ou natal, saber da propensão de alguém para a felicidade ou o infortúnio e eleger datas favoráveis para que se possa dispor melhor de nossos recursos e exercer certo grau de liberdade a fim de alcançar a felicidade que almejamos como seres humanos.